quarta-feira, novembro 27, 2024
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Entendendo Clean Architecture

O que é Clean Architecture

O Clean Architecture vulgo “Clean Arch” ou em nosso bom e velho português Padrão de Arquitetura Limpa é um conjunto de boas práticas de projeto de software que visa separar os aspectos da aplicação em camadas claramente definidas, tornando o código mais fácil de manter, testar e evoluir. O objetivo é ter uma arquitetura de software organizada, simples e fácil de compreender.

O criador deste padrão é Robert C. Martin, também conhecido como “Uncle Bob”. Ele é um engenheiro de software, autor e palestrante altamente respeitado na comunidade de desenvolvimento de software. Além do Padrão de Arquitetura Limpa, ele também é conhecido por sua contribuição a outros padrões e boas práticas de programação, incluindo o Agile Manifesto.

Quais as vantagens e desvantagens do Padrão Clean Arch

As vantagens do Padrão de Arquitetura Limpa incluem:

  1. Manutenibilidade: A separação clara das camadas da aplicação torna mais fácil de entender e manter o código.
  2. Testabilidade: A separação das camadas permite que cada uma seja testada independentemente, tornando os testes mais eficientes e precisos.
  3. Flexibilidade: A arquitetura modular permite que novas funcionalidades sejam adicionadas ou modificadas com facilidade, sem afetar o resto da aplicação.
  4. Escalabilidade: O Padrão de Arquitetura Limpa facilita a escalabilidade da aplicação, pois é mais fácil de identificar e corrigir pontos de gargalo.

As desvantagens incluem:

  1. Complexidade inicial: A implementação inicial do Padrão de Arquitetura Limpa pode ser mais complexa do que uma abordagem mais simples.
  2. Custo de tempo: Pode ser necessário um tempo adicional para compreender e implementar as boas práticas do Padrão de Arquitetura Limpa.
  3. Dificuldade de mudança: Se a aplicação já estiver em desenvolvimento, pode ser difícil mudar para o Padrão de Arquitetura Limpa sem impactar o resto do código.

Em geral, as vantagens do Padrão de Arquitetura Limpa superam as desvantagens em aplicações de longo prazo ou de grande escala, tornando-o uma escolha popular para projetos de software.

Comparação do Clean Architecture com outros muito conhecidos padrões

Existem vários padrões de arquitetura de software que têm como objetivo melhorar a organização e a qualidade do código. Aqui estão algumas diferenças entre o Padrão de Arquitetura Limpa e outros padrões famosos:

  1. Padrão MVC (Model-View-Controller): O Padrão MVC “queridinho” de muitos desenvolvedores e projetos é uma abordagem de arquitetura de software que separa a aplicação em três camadas: modelo, visualização e controlador. O Padrão de Arquitetura Limpa é uma evolução deste padrão, adicionando conceitos adicionais para tornar a arquitetura ainda mais clara e organizada.
  2. Padrão Hexagonal: Este padrão é também conhecido como “Arquitetura de Portas e Adaptadores” e se concentra em separar as dependências de uma aplicação de seu comportamento principal. O Padrão de Arquitetura Limpa é compatível com o Padrão Hexagonal e pode ser considerado uma extensão dele, fornecendo uma estrutura adicional para o projeto de software.
  3. Padrão DDD (Domain-Driven Design): Este padrão se concentra na modelagem do domínio de uma aplicação e na identificação de entidades, serviços e outros conceitos relacionados ao negócio. O Padrão de Arquitetura Limpa é compatível com o Padrão DDD e pode ser usado para implementar a arquitetura de uma aplicação baseada em DDD.

Em resumo, o Padrão de Arquitetura Limpa é uma abordagem ampla e abrangente que combina conceitos de vários outros padrões de arquitetura de software para oferecer uma estrutura organizada e fácil de manter para o projeto de software.

Por ser um padrão, existe alguma regra rígida a ser seguida em relação à estruturação das pastas do projeto?

O Padrão de Arquitetura Limpa não especifica necessariamente uma estrutura de pastas para a organização do código. Porém, é comum seguir uma estrutura que reflita as camadas da aplicação, separando as camadas de acordo com as suas responsabilidades. Abaixo um exemplo de estruturação de pastas para um projeto:

  1. Camada de Apresentação: Esta camada contém a interface do usuário e é responsável por exibir informações e interagir com o usuário. As pastas nesta camada podem incluir “Controllers”, “Views” e “Presenters”.
  2. Camada de Domínio: Esta camada contém o código responsável por representar o domínio da aplicação, incluindo entidades, serviços e outras classes relacionadas ao negócio. As pastas nesta camada podem incluir “Entities”, “Services” e “UseCases”.
  3. Camada de Dados: Esta camada é responsável por acessar e armazenar dados. As pastas nesta camada podem incluir “Repositories” e “DataSources”.
  4. Camada de Infraestrutura: Esta camada inclui classes que fornecem funcionalidades gerais para o resto da aplicação, como acesso à rede, persistência de dados e configurações. As pastas nesta camada podem incluir “Networking”, “Persistence” e “Utilities”.

Lembrando que esta é apenas uma estrutura comum e a organização de pastas pode variar de acordo com as necessidades específicas de cada projeto. O importante é seguir uma estrutura clara e organizada que reflita as camadas e responsabilidades da aplicação.

Gráfico representativo das camadas do padrão Clean Architecture

Clean Architecture

A separação das camadas na arquitetura limpa tem como objetivo fornecer uma estrutura clara e organizada para o projeto de software, facilitando a manutenção e a evolução do código. A separação das camadas também permite que os desenvolvedores trabalhem de forma mais eficiente, concentrando-se em uma camada específica sem ter que se preocupar com o impacto nas outras camadas.

A separação dessas camadas permite que o código seja organizado de forma clara e mantido de maneira mais fácil. Além disso, a separação das camadas também ajuda a manter a aplicação escalável e adaptável a mudanças, pois permite que as camadas sejam modificadas sem afetar outras camadas.

Procuro seguir os princípios SOLID, indiretamente estou seguindo os padrões da Clean Arch?

Sim, os princípios SOLID fazem parte do padrão de arquitetura limpa. SOLID é um acrônimo para cinco princípios de design de software que são considerados importantes para a criação de software de alta qualidade. Esses princípios são:

  1. Single Responsibility Principle (Princípio da Responsabilidade Única): Este princípio afirma que cada classe deve ter uma única responsabilidade e todas as suas responsabilidades devem ser mantidas separadas.
  2. Open/Closed Principle (Princípio Aberto/Fechado): Este princípio afirma que as classes devem ser projetadas para serem abertas para extensão, mas fechadas para modificação.
  3. Liskov Substitution Principle (Princípio da Substituição de Liskov): Este princípio afirma que as subclasses devem ser substituíveis por suas classes base sem prejudicar o comportamento da aplicação.
  4. Interface Segregation Principle (Princípio da Segregação de Interfaces): Este princípio afirma que as classes não devem ser forçadas a depender de interfaces que não usam.
  5. Dependency Inversion Principle (Princípio da Inversão de Dependência): Este princípio afirma que as dependências devem ser invertidas, de modo que as classes não dependam diretamente uns dos outros, mas sim de uma abstração.

A Clean Architecture é baseada nesses princípios, e eles são aplicados ao longo de todas as camadas da arquitetura, desde a camada de apresentação até a camada de persistência de dados. Além disso, os princípios SOLID ajudam a garantir que o código seja escalável, mantível e fácil de testar.

Em resumo, os princípios SOLID são parte integrante da Clean Architecture e são aplicados a todas as camadas da arquitetura para garantir a qualidade do software.

A pergunta que não quer calar… Quando adotar os Padrões de Arquitetura Limpa?

Adotar a arquitetura limpa é uma boa opção para projetos de software de médio a grande porte, especialmente quando há necessidade de manter o código organizado, escalável e fácil de manter. Além disso, a arquitetura limpa também é uma boa escolha quando há uma equipe de desenvolvimento grande ou quando o projeto é destinado a evoluir ao longo do tempo.

No entanto, mesmo em projetos menores, a arquitetura limpa pode ser uma boa escolha, pois ajuda a evitar problemas comuns de design de software, como acoplamento excessivo e redundância de código, e permite que o código seja mantido de maneira mais fácil.

Em resumo, a decisão de adotar a arquitetura limpa deve ser baseada nas necessidades do projeto de software, e levar em consideração fatores como tamanho do projeto, equipe de desenvolvimento e expectativas de evolução do projeto.

Antes de iniciar a implementação, quais os requisitos prévios necessários para entrar nesse mundo de padrões de projeto?

Para estudar os padrões de Clean Architecture, é necessário ter conhecimentos prévios em programação e arquitetura de software. Além disso, é importante ter familiaridade com os conceitos de orientação a objetos, como encapsulamento, abstração e herança.

Também é importante ter conhecimento básico sobre design de software e a importância de manter o código organizado e escalável.

Além disso, é recomendável ter experiência em pelo menos uma linguagem de programação, pois isso permitirá que você aplique os conceitos aprendidos na prática.

Em resumo, para estudar os padrões de Clean Architecture, é necessário ter conhecimentos prévios em programação e design de software, bem como familiaridade com conceitos de orientação a objetos e experiência em uma linguagem de programação.

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